domingo, 20 de dezembro de 2009

Lição da Escola Sabatina - Lição 13 - 4 Trimestre de 2009

Lição 13
19 a 26 de dezembro

Cidades de refúgio

Lição 1342009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: 2 Pedro


VERSO PARA MEMORIZAR: “Nós, que nos refugiamos nEle para tomar posse da esperança a nós proposta. Temos esta esperança como âncora da alma” (Hebreus 6:18, 19, NVI).

Leituras da semana: Nm 33–36; Js 20:1-7; Ef 2

Embora Deus fosse fiel em fazer tudo o que prometera, a nação em si, pelo menos a primeira geração, provou-se infiel e, em vez de herdar a terra oferecida, morreu em um deserto cruel no lado oposto do rio Jordão, o lado do qual eles deveriam ter fugido. Que tragédia, especialmente porque isso não precisava ter acontecido! Tudo lhes fora dado, tudo Deus fizera por eles, mas eles ainda se negaram a confiar, recusaram-se a agir pela fé, embora testemunhassem manifestações dramáticas do poder de Deus de maneira que a maioria de nós nunca viu e, pelo menos nesta vida, provavelmente nunca verá.

Mas o Senhor não havia terminado Sua obra, de maneira alguma. O tema da Bíblia, novamente, é de que Deus cumprirá Suas promessas. O Senhor vai levar Seu povo redimido para um novo Céu e uma nova Terra. Sem dúvida! A única pergunta para nós é: estaremos lá, ou seremos como a primeira geração, que, apesar de tudo o que foi feito por ela, recusou-se a receber as promessas que lhe foram feitas?

Nesta semana, a última no estudo do livro de Números, vamos revisar alguns dos preparativos finais dos filhos de Israel antes de entrar na herança prometida.


Domingo

Ano Bíblico: 1 João

Lição de história

1. Faça uma leitura superficial de Números 33. Por que você acha que o Senhor pediu a Moisés que descrevesse “suas saídas, caminhada após caminhada”? Qual pode ter sido o propósito?

Esta é realmente uma história incrível, se você pensar nela. Uma nação inteira foge de seus captores, depois de séculos de opressão e, por quatro décadas, sobrevive errante no ambiente hostil do deserto do Sinai. Só pela graça, pelo poder e pelos milagres de Deus isso poderia acontecer. Note, igualmente, como o texto de Números 33:2 enfatiza que eles se moveram de lugar para lugar “conforme o mandado do Senhor”. O Senhor queria que eles, e as gerações futuras, nunca se esquecessem de que, realmente, toda a história do povo hebreu a caminho no deserto é a história de Deus e Sua conduta com os pecadores no esforço de salvá-los e levá-los para a Terra Prometida.

Por mais poderosa que seja essa história, hoje existem estudiosos bíblicos que, mesmo que não neguem a realidade de um grupo de ex-escravos deixando o Egito, tentam atribuir isso a circunstâncias puramente naturais. Fazem exatamente o que o Senhor não queria que fosse feito, isto é, se esquecem de que Deus foi o centro de tudo o que aconteceu.

2. Leia Números 33:50-56. Pondo de lado o contexto histórico imediato (e a inevitável questão difícil que cria para nós hoje), que importante princípio espiritual se acha nestes textos? Pelo que você sabe da história do antigo Israel depois que eles povoaram a terra, por que foi tão importante esse mandamento sobre o trato com esses povos?

O meio-termo com o mundo sempre foi e continua sendo “farpas em seus olhos e espinhos em suas costas” (v. 55, NVI) para o povo do Senhor. A menos que nos protejamos das más influências do mundo e da cultura circundante, sempre estaremos em perigo de permitir que essas coisas corrompam nossa fé e nos façam extraviar.

Como podemos nos proteger das influências negativas que estão sempre ao nosso redor? Que decisões pessoais você, e você só, deve tomar para limitar o impacto negativo dessas influências?


Segunda

Ano Bíblico: 2Jo,3Jo, Jd

Cidades dos levitas

Devemos nos lembrar de que, por causa da lealdade dos levitas no Sinai, eles deviam ser recompensados. Deus seria sua porção. Não obstante, o Senhor tomou providências específicas para eles e como eles viveriam no meio do povo que deviam servir.

3. Que provisão foi tomada pelos levitas? O que isso nos ensina sobre o modo de vida que os levitas deveriam ter? Nm 35:1-8

Note, também, como a terra deveria receber os levitas entre todas as tribos. Os que recebessem muita terra deveriam dar mais do que aqueles que haviam recebido menos. Em consequência, novamente vemos a justiça na distribuição da terra. E ainda, todas as tribos deveriam dar “da herança de sua possessão” (v. 2). Todos deviam tomar parte em certificar-se de que os levitas fossem atendidos. Dessa maneira, o Senhor queria que eles conhecessem claramente suas obrigações. De certo modo, o princípio do dízimo funciona da mesma forma. Por preceito, os que têm muito darão um dízimo maior do que os que têm menos.

Ao mesmo tempo, o fato de que eles deveriam ser providos pelas outras tribos certamente deve ter sido uma constante lembrança para os levitas de sua responsabilidade em cumprir fielmente o trabalho em favor do povo.

Portanto, os levitas deveriam ser espalhados entre todas as tribos de Israel; isto é, eles não estavam todos reunidos em uma área específica. Eles deveriam viver no meio do povo, talvez como lembrança da fidelidade de seus pais durante a adoração do bezerro de ouro. Em consequência, em seus encargos sagrados, eles podiam ser testemunhas constantes para o povo do que significam fidelidade e santidade. Vivendo entre eles, sendo parte de suas comunidades, compartilhando suas lutas, tristezas e alegrias, os levitas – caso tivessem sido fiéis a sua tarefa – poderiam ter sido uma bênção para a nação. Eles não deviam ser uma classe exclusiva, arrogante, de elite, vivendo separados da comunidade em que serviam. Deviam servir, não ser servidos. Que exemplo do que significa o verdadeiro ministério em toda parte!

De acordo com Efésios 2, o que significa ser parte de uma comunidade de crentes? Como podemos prover melhor a nossa comunidade e cumprir o papel que somos chamados a desempenhar?


Terça

Ano Bíblico: Ap 1–3

Cidades de refúgio

4. Qual era o objetivo das cidades de refúgio? Nm 35:6, 9-12

Naquela época, nenhum sistema de justiça atuava no antigo Israel. Se alguém, acidentalmente ou de propósito, matasse outra pessoa, o familiar mais próximo da vítima se tornava seu “vingador do sangue” (Dt 19:12) para executar justiça. A fim de evitar um erro judicial, foi designado um sistema de seis cidades levíticas (três em cada lado do Jordão) para que o assassino pudesse fugir para a segurança (Js 20:1-7).

Entretanto, Números 35:12 destaca um ponto importante. A fuga para a cidade não garantia automaticamente asilo permanente. Em alguns casos, seria um refúgio temporário até que o culpado comparecesse em juízo “perante a congregação”. Isto é, até que os fatos do caso fossem estabelecidos. Essas cidades não forneciam nenhum tipo de imunidade diplomática permanente, como hoje, em que um diplomata pode cometer um crime em um país anfitrião e fugir para a segurança. Nesse caso, essas cidades eram instaladas a fim de evitar o que poderia ser um erro judicial.

5. Tendo em conta o evangelho, como podemos entender a forma de justiça estipulada em Números 35:9-21?

Alguns não entendem como algo assim pode ser reconciliado com os textos da Bíblia sobre o perdão ou quanto a voltar a outra face. Mas aqui estamos lidando com um código penal. O evangelho do perdão e da graça, como foi ensinado por Cristo, não significa que o crime, especialmente algo tão odioso quanto o assassinato, deva ficar impune pela sociedade. Que até um assassino pode se arrepender diante de Deus é, realmente, um assunto diferente. Qual sociedade pode funcionar se o crime não for castigado? O que vemos aqui é o modo de Deus Se certificar de que um dos piores crimes, o assassinato, seja tratado com justiça.

Suponha que você conheça alguém que teve um familiar assassinado, e o acusado, indiscutivelmente culpado, seja condenado. A família, que é cristã, pode ter uma palavra na sentença, que pode ser a morte ou a prisão perpétua. O que você lhes aconselharia, e por quê? Leve sua resposta para a classe no sábado.


Quarta

Ano Bíblico: Ap 4–6

Cidades de refúgio – continuação

Leia Números 35:22-34 e responda às perguntas a seguir:

6. Como a congregação inteira se envolvia no trato com essas situações? Por que era importante que todos se envolvessem?

7. Que distinção era feita entre o assassinato premeditado e o homicídio involuntário?

8. Embora a morte pudesse ter sido por acaso, aquele que cometia o ato ainda tinha que permanecer na cidade de refúgio a fim de ser protegido. Tendo em vista o contexto, por que isso era necessário?

9. Ao longo de todo o livro de Números, vimos muitos exemplos da intervenção sobrenatural de Deus, especialmente nos casos de apostasia, pecado e rebelião. Se era assim, por que o Senhor estabeleceu este sistema de justiça, em que os seres humanos eram responsáveis por determinar a culpa e a inocência? Por que Ele simplesmente não administrava sobrenaturalmente a justiça, como fazia em outros casos?

10. Por que um assassino não podia ser morto pelo testemunho de uma só pessoa? O que isso nos diz sobre a seriedade da questão da pena de morte?


Quinta

Ano Bíblico: Ap 7–9

Cristo, nosso refúgio

“O meu Deus é a minha rocha, em que me refugio; o meu escudo e o meu poderoso Salvador. Ele é a minha torre alta, o meu abrigo seguro. Tu, Senhor, és o meu Salvador, e me salvas dos violentos” (2Sm 22:3, NVI).

11. Como 2 Samuel 22:3 reflete, pelo menos em parte, o refúgio que as cidades forneciam?

12. Como encontramos em Cristo o mesmo tipo de refúgio e proteção que encontravam aqueles que fugiam para as cidades de refúgio? Veja Jo 8:10, 11; Ef 1:7; Cl 1:14; Hb 6:18.

“As cidades de refúgio designadas ao antigo povo de Deus eram símbolo do refúgio provido em Cristo. Pelo derramamento de Seu próprio sangue, o mesmo Salvador misericordioso que designara aquelas cidades temporais de refúgio proveu aos transgressores da lei de Deus um retiro seguro, aonde eles podem fugir em busca de garantia contra a segunda morte. Nenhuma força pode tirar de Suas mãos aqueles que a Ele recorrem em busca de perdão. ‘Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.’ ‘Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós’ (Rm 8:1 e 34); para que ‘tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta’ (Hb 6:18).

“Aquele que fugia para a cidade de refúgio não se podia demorar. Família e emprego ficavam atrás. Não havia tempo para dizer adeus aos queridos. Sua vida estava em jogo, e todos os outros interesses deviam ser sacrificados a um único propósito – chegar ao lugar de segurança. O cansaço era esquecido, desatendidas as dificuldades. O fugitivo não ousava por um momento moderar seu passo antes que estivesse dentro dos muros da cidade” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 516, 517).

Ao mesmo tempo, a comparação não é exata, porque nossa compreensão da cruz é que até mesmo os que cometeram pecados premeditados, até mesmo o assassinato, podem ser perdoados pelo Senhor.

Você acha que não é bom o suficiente para ser salvo? Acredita que seus pecados são grandes demais para que você seja aceito por Deus? Acha que é indigno de perdão? Neste caso, por que é importante esquecer o que você sente e reclamar as promessas de perdão, salvação e aceitação oferecidas a você por Jesus?


Sexta

Ano Bíblico: Ap 10, 11

Estudo adicional

Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 510-520: “A Divisão de Canaã”.

“O pecador está exposto à morte eterna, até que encontre esconderijo em Cristo; e, assim como a perda de tempo e o descuido poderiam despojar o fugitivo de sua única oportunidade de vida, também a demora e a indiferença podem se mostrar ruína para a vida espiritual. Satanás, o grande adversário, está no encalço de todo transgressor da santa lei de Deus, e aquele que não for sensível ao seu perigo e não buscar ansiosamente abrigo no refúgio eterno será uma presa do destruidor.

“O prisioneiro que, em qualquer ocasião, saísse da cidade de refúgio, estaria à disposição do vingador do sangue. Assim, o povo era ensinado a aderir aos métodos que a sabedoria infinita indicava para sua segurança. Da mesma forma, não basta que o pecador creia em Cristo, para obter o perdão dos pecados; deve, pela fé e obediência, permanecer nEle. ‘Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários’” (Hb 10:26, 27; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 517).

Perguntas para reflexão

1. Como fazer a diferença entre o perdão do pecado, no contexto de salvação e da cruz, e a questão de um crime no contexto do sistema de justiça penal? Por que fazer essa diferença? Isso é lícito?

2. Comente em classe sua resposta à pergunta de terça-feira a respeito da pena de morte. O que você diria para a família, e por quê? É correto e justo aplicar o que era feito no Israel antigo ao nosso sistema de justiça hoje? Comente.

Resumo: Na fronteira da Terra Prometida, os filhos de Israel tiveram um resumo rápido da guia de Deus por todos aqueles anos. Logo antes de entrarem, o Senhor estabeleceu as cidades de refúgio, lugares de asilo que, de maneira sem igual, representam o refúgio que nós, como pecadores, podemos encontrar em Cristo.

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1: Todos deveriam ter em mente que por todos esses anos, Deus guiara Seu povo.
Pergunta 2: A convivência com os descrentes oferece muitos riscos.
Pergunta 3: Seriam reservadas para os levitas 48 cidades, de acordo com a população de cada tribo.
Pergunta 4: Servir de abrigo aos que fossem acusados de assassinato mas considerados inocentes.
Pergunta 5: Não havia um sistema penal adequado para a punição do culpado e absolvição do inocente. A vingança era praticada pelo parente mais próximo.
Pergunta 6: A congregação haveria de julgar e livrar o inocente, mas deveria executar aquele que se provasse culpado.
Pergunta 7: O assassinato involuntário seria inocentado pela congregação.
Pergunta 8: A fim de evidenciar a gravidade do fato.
Pergunta 9: Era desejo de Deus desenvolver no povo o senso de responsabilidade pela justiça.
Pergunta 10: A testemunha podia ser parcial e até mesmo comprada. Havia necessidade de confirmação do fato.
Pergunta 11: Nosso verdadeiro refúgio está em Deus.
Pergunta 12: Em Cristo temos perdão e vindicação.


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